Sobre Nós

Trabalhei por 45 anos na área da educação tendo como foco o ensino da arte.

O início desta caminhada foi dedicada à educação de crianças em processo de alfabetização nas letras e nas áreas da música, artes visuais e cênicas, na IENH da Rede Sinodal de Educação. Por sete anos fui diretora de uma de sua escolas filiadas - o Pindorama.

Após, dediquei-me ao ensino das artes visuais a adolescentes em formação no magistério. Por muitos anos lecionei no  curso de Artes Visuais da Universidade Feevale, na licenciatura e no curso de pós-graduação nas áreas do ensino e metodologia da arte.

O interesse pela arte e artesanato foi cultivado em mim, por minha mãe e minha avó e, posteriormente na escola, por excelentes professores de arte.

 Contrariando a maioria das escolas da década de 60 e 70, estes professores já trabalhavam com ênfase no combate a imagens estereotipadas. Tive o privilégio de ter professores que estimulavam a busca de formas próprias para representação de imagens ou a criação baseada em leituras de imagens, seguindo a metodologia de Feldman.

Em 2010 iniciei, no ateliê "Maria Rita Caminhos Culturais" [POA], com a professora Clarisse Bugatti Isolan, os meus primeiros passos na técnica da feltragem. Foram dois encontros que me abriam as portas para uma nova paixão: trabalhar com lã de uma forma que , até então, eu desconhecia. O excesso de trabalho acadêmico, entretanto, não me permitia desenvolver a técnica em meus raros momentos de lazer. A leitura, o estudo teórico e a preparação de minhas aulas não abriam espaço para este tipo de envolvimento. Para honrar meus compromissos acadêmicos fiquei dois anos sem trabalhar nesta nova técnica.

Pequenos cursos realizados esporadicamente durante minha história acadêmica, no entanto, realimentaram e fortaleceram as sementes do trabalho manual plantadas pela minha mãe e avó. O trabalho com o papel, especialmente o papel machê e com a lã, explorada na feltragem são as técnicas com as quais mais me identifico e que são objeto de minha pesquisa nesta nova fase da minha vida.

Finalmente, ao me aposentar em 2011, retomei antigas paixões deixadas de lado.

Em 2012, precisamente em março deste ano, consegui continuar meu contato com as técnicas da feltagem.  Em oficinas oferecidas pela Cabanha Ecolã (POA)  , a professora  Cristiane Garschagen Ughini  me ensinou os primeiros passos na confecção de sapatinhos de bebê em feltragem molhada e, com Cláudia Horn Ilha, aprendi a manipular as agulhas para compor e decorar objetos tridimensionais através da técnica de feltragem seca agulhada.  Amei.

Obs. Link da Ecolan: https://cabanhaecolan.webs.com/

História do Projeto

Ainda me encontro na fase da experimentação. Pretendo me dedicar, inicialmente, à feltragem de sapatinhos de bebê, embora a “mão de obra” seja bem desgastante mas, por outro lado, prazerosa.

A feltragem é uma técnica que permite o trabalho bi e tridimensional aplicável na produção de inúmeros tipos de objetos relacionados à decoração e ao vestuário.

Na feltragem não há perda de material. Todo o resíduo pode ser guardado e pequenas porções de lã podem servir, por exemplo, para feltrar o colorido da íris de um olho.

Ao refletir sobre as razões de eu ter escolhido a lã como matéria prima cheguei a algumas conclusões. Trabalhar com lã me remete à infância pois lembro do quanto minha mãe e minha avó sempre estavam envolvidas com novelos de lã e agulhas, produzindo enxovais de bebê. Por outro lado, meu esposo Harald trabalhava em uma empresa têxtil que fazia o tratamento primário da lã (classificação e lavagem), bem como, a posterior cardagem, preparação, penteagem e fiação. Desta forma eu conseguia comprar tops e fios de lã penteada crua que eu então tingia para produzir tapetes de parede com teares rústicos. Nesta época eu era aluna do Curso de Arte da Feevale.

Amo o aconchego da lã pois ela me remete ao inverno, minha estação preferida depois do outono. Atualmente, também no verão, me dedico ao prazer de feltrar ideias.

A partir de 2013 pretendo ministrar cursos em minha própria residência, na qual montei um ateliê.

Para divulgação do projeto, estou participando ativamente de feiras e exposições de artesanato.